segunda-feira, 13 de maio de 2013

A Música como uma Força Formadora do Caráter

Traduzido de: http://www.catholiceducation.org/articles/arts/al0529.htm


A Música como uma Força Formadora do Caráter

PETER KWASNIEWSKI

Ninguém que compreenda as experiências de melodia, harmonia e ritmo irá duvidar de seu valor. 

Arvo Pärt

O grande filósofo Roger Scruton observa:
"Ninguém que compreenda as experiências de melodia, harmonia e ritmo irá duvidar de seu valor. Elas não são somente a destilação de séculos de vida social: são também formas de conhecimento, que trazem a competência de atingir algo fora de nós através da música. Através de melodia, harmonia e ritmo, entramos em um mundo onde outros existem à parte de si, um mundo que é cheio de sentimento, mas também ordenado, disciplinado mas livre. É por isso que a música é uma força formadora de caráter e o declínio do gosto musical é um declínio na moral." ( A Estética da Música, 502)
Na teoria ética de Aristóteles, podemos encontrar esse princípio cardeal: "Como um homem é, assim o bem parecerá para ele." Nossa verdadeira habilidade em perceber o bem, o verdadeiro, o belo, em reconhecê-los quando os encontramos depende da formação a que nossas faculdades foram submetidas. Como um autor protestante, Frank Gaebelein, admite:
A chave para as melhores coisas na música cristã é a audição habitual da grandiosidade musical não só na escola, não só na faculdade e no Instituto Bíblico, mas na escola dominical também. Pois a música que as crianças ouvem exercita uma influência formativa do seu gosto. Nem mesmo as menores crianças podem ser seguramente alimentadas com uma dieta de lixo musical.
A maturidade espiritual do cristão está muito conectada à habituação à nobreza das finas artes. Aprender a distinguir entre a beleza e a dignidade e a feiura e banalidade é um hábito que deve ser adquirido como obedecer aos pais e ser responsável por suas ações. É um hábito tanto quanto temperança, bravura, justiça e prudência. Pensar que as crianças irão automaticamente crescer e se tornarem adultas que têm um senso do que é e do que não é apropriado, nobre e belo é tão ingênuo quanto pensar que elas irão se comportar moralmente ou orar a Deus sem disciplina ou educação religiosa.


Nosso potencial humano para a beleza é vasto. Na realidade da música, somente, considere as esplêndidas obras primas deixadas a nós por tais como Giovanni Pierluigi da Palestrina, Tomas Luis de Victoria, Johann Sebastian Bach, Georg Frideric Handel, Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven, e para chegar rápido em nosso tempo, Arvo Pärt. Exceto em alguns raros círculos, esse potencial humano é, nos dias de hoje, horrivelmente subestimado e subdesenvolvido. Os jovens americanos não são mesmo avisados do potencial artístico de suas almas, nem como produtores nem como receptores do presente da arte. Nós deveríamos estar lhes ajudando de todas as formas que pudéssemos - inclusive treinando estudantes católicos a dar o melhor de seu talento artístico para o Sagrado Sacrifício da Missa, ao menos para apreciar como a missa merece somente o melhor da nossa tradição artística.

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