sexta-feira, 12 de abril de 2013

Chesterton e o casamento gay - Não é gay e não é casamento

Tradução de: http://www.catholiceducation.org/articles/marriage/mf0167.htm

G.K. Chesterton: Não é Gay, e não é casamento
DALE AHLQUIST

Chesterton esteve constantemente certo em seus pronunciamentos e profecias porque ele entendeu que qualquer coisa que atacasse a família era ruim para a sociedade.

G.K. Chesterton
1874-1936

Uma das questões populares no tempo de Chesterton era 
"controle de natalidade".  Ele Não só objetava à ideia, ele 

objetava ao próprio termo porque ele significava o oposto do que dizia. Não significava natalidade, nem controle. Eu só posso imaginar que ele teria as mesmas objeções ao "casamento gay". A ideia é errada, mas o nome também. Não é gay e não é casamento. (NT: "gay" em inglês significa originalmente "feliz, alegre")


Chesterton esteve constantemente certo em seus pronunciamentos e profecias porque ele entendeu que qualquer coisa que atacasse a família era ruim para a sociedade. É por isso que ele falou contra a eugenia e a contracepção, contra o divórcio e o "amor livre" (outro termo que ele não gostava, por sua desonestidade), mas também contra a escravidão salarial, a educação estatal compulsória e mães contratando outras pessoas para fazer o que as mães são boas em fazer por si próprias. É seguro dizer que Chesterton permaneceria contra toda as tendências e novidades que se espalham como praga nos dias de hoje porque cada uma dessas tendências e novidades enfraquece a família. O Grandes Governo tenta substituir a autoridade familiar, e o Grande Negócio tenta substituir a autonomia da família. Há uma constante pressão cultural e comercial sobre pais, mães e filhos. Eles são minimizados e marginalizados e, sim, ridicularizados. Mas, como Chesterton diz, "Esse triângulo de truísmos, de pai, mãe e filhos, não pode ser destruído; só podem ser destruídas as civilizações que o negligenciam."

O último ataque à família não nem o último nem o pior. Mas tem um valor chocante, em que pese o processo de dessensibilização que a indústria da informação e do entretenimento nos trouxeram nos últimos anos. Os que tentaram falar contra a normalização do anormal encontraram "insultos ou silêncio", como Chesterton foi quando tentou argumentar contra as novas filosofias que eram promovidas pelos maiores jornais em seus dias. Em 1926, ele advertia, "A próxima grande heresia será um ataque à moralidade, especialmente a moralidade sexual." Seu aviso passou despercebido, e a moralidade sexual decaiu progressivamente. Mas, permitamo-nos lembrar que isso começou com o controle da natalidade, que é uma tentativa de criar o sexo como um fim em si mesmo, trocando um ato de amor por um ato de egoísmo. A promoção e aceitação do sexo sem vida, estéril e egoísta progrediu logicamente para a homossexualidade.

Chesterton mostrou que o problema da homossexualidade como uma inimiga da civilização é bem antigo. Em The Everlasting Man, ele descreveu o culto à natureza e a "mera mitologia" que produziu a perversão entre os gregos. "Assim como se tornaram antinaturais por cultuarem a natureza, se tornaram verdadeiramente anti-humanos por cultuarem o homem." Qualquer jovem, ele diz, "que tenha a sorte de crescer são e simples" tem naturalmente repulsa à homossexualidade porque "não é verdade para a natureza humana ou para o senso comum". Ele argumenta que se tentarmos agir com indiferença sobre isso, estaremos nos enganando a nós mesmos. É a "ilusão da familiaridade", quando uma "perversão se torna uma convenção".

Em Hereges, Chesterton quase faz uma profecia sobre o uso errado da palavra "gay". Ele escreve sobre "a muito poderosa e triste filosofia de Oscar Wilde. É a religião do carpe diem." Carpe diem significa "aproveite o dia," faça o que quiser e não pense nas consequências, viva somente o momento. "Mas a religião do carpe diem não é a religião de pessoas felizes, mas de pessoas muito infelizes." Há uma falta de esperança, assim como há falta de felicidade nela. Quando o sexo é somente um prazer momentâneo, quando não oferece mais nada além de si mesmo, não traz contentamento. É literalmente sem vida. E Chesterton escreve sobre isso em seu livro São Francisco de Assis, no momento em que o sexo deixa de ser um servo, se torna um tirano. Essa é, talvez, a mais profunda análise do problema dos homossexuais: eles são escravos do sexo. Eles estão tentado "perverter o futuro e desfazer o passado." Eles precisam ser libertados.

O pecado tem consequências. Ainda que Chesterton sempre sustente que devemos condenar o pecado e não o pecador. E ninguém demonstrou mais compaixão pelos caídos do que G.K. Chesterton. De Oscar Wilde, a quem ele chamava "o Chefe dos Decadentes", ele dizia que Wilde cometeu um "erro monstruoso" mas também sofreu monstruosamente por isso, indo para uma terrível prisão, onde foi esquecido por todas as pessoas que, antes, brindaram a sua cavalheira rebelião. "A sua vida foi completa, no sentido terrível de que a sua vida e a minha são incompletas, desde que não paguemos por nossos pecados. Neste sentido, alguém pode chamá-la de vida perfeita, como alguém fala de uma perfeita equação; ela se anula. De um lado, nós temos o saudável horror do mal; do outro, o saudável horror da punição."

Chesterton se referia ao comportamento homossexual de Wilde como um pecado "altamente civilizado", algo que era a pior aflição entre as classes ricas e cultas. Era um pecado que nunca foi uma tentação para Chesterton, e ele dizia que não era uma grande virtude para nós nunca cometer um pecado do qual nunca fomos tentados. Há uma outra razão pela qual devemos tratar nossos irmãos homossexuais com compaixão. Nós conhecemos nossos próprios pecados e fraquezas suficientemente bem. Philo de Alexandria dizia, "Seja gentil. Todos que você conhece estão travando uma terrível batalha." Mas a compaixão não pode nunca se comprometer com o mal. Chesterton pondera que nossa verdade não pode ser impiedosa, nem nossa pena ser mentirosa. Homossexualidade é uma desordem. É contrária à ordem. Os atos homossexuais são pecaminosos, ou seja, são contrários à ordem de Deus. Eles não podem nunca ser normais. E, pior ainda, não podem nunca ser equilibrados. Como o grande detetive de Chesterton, Padre Brown, dizia: "Os homens podem manter um determinado nível de bondade, mas nenhum homem até hoje foi capaz de manter um determinado nível de maldade. Esse caminho leva cada vez mais para baixo."

Casamento é entre um homem e uma mulher. Isso é ordem. E a Igreja Católica ensina que isso é uma ordem sacramental, com implicações divinas. O mundo veio zombando do casamento de maneira que agora está culminando como uniões homossexuais. Mas são os homens e mulheres heterossexuais que pavimentaram o caminho para esse decaimento. O divórcio, que é uma coisa anormal, agora é tratado como normal. A contracepção, outra coisa anormal, agora é tratada como normal. O aborto também não é normal, mas é legal. Fazer o "casamento" homossexual legal não o fará ser normal, mas irá contribuir para a confusão dos nossos tempos. E irá contribuir para a espiral de decadência da nossa civilização. Mas a profecia de Chesterton permanece: "Nós não seremos capazes de destruir a família. Nós iremos meramente destruir a nós mesmos por negligenciar a família."

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