"Casuística inata nos homens a de mudar as coisas mudando-lhes os nomes! E achar saídas para romper com a tradição sem sair dela, sempre que um interesse direto dá o impulso suficiente para isso" (Karl Marx)
Impossível não perceber que seus discípulos aprenderam muito bem esse conceito, pois o empregam sistematicamente. Vejamos este texto do filósofo Dr. Peter Kreeft, traduzido por mim:
"Como um filósofo, a coisa que me mais me impressiona é a estratégia brilhante do movimento pelo casamento gay. Como Orwell em 1984, percebem que o campo de batalha principal é a linguagem. Se conseguirem redefinir um termo-chave como "casamento", eles vencem. Controle a linguagem e controlará o pensamento; controle o pensamento e controlará a ação; controle a ação e controlará o mundo. Mussolini sabia disso também. Ele tornou ilegal para os italianos dizer "olá" da maneira tradicional. O uso italiano para "como vai você?" é "Come sta lei?". "Lei" é um pronome feminino inclusivo. A ideologia fascista sustentava que isso não era másculo, era fraco, então você deveria dizer "Come sta lui?" a partir de então. "Lui" é o pronome masculino. Então ninguém poderia dizer "olá" na Itália sem se identificar como pró ou antifascista.
Na América, feministas venceram exatamente da mesma maneira. Rotularam a linguagem inclusiva, a linguagem de todos os grandes livros da civilização ocidental escritos em inglês, como exclusiva, pois usavam "he" e "man" para incluir as mulheres; e estabeleceram sua nova artificial invenção ideológica, que insiste, contrária aos fatos históricos, que "he" e "man" excluem as mulheres - rotulando esta nova linguagem de "inclusiva". Surpreendentemente, quase todos seguiram como ovelhas! Então será fácil, eu penso, para eles, redefinir casamento. Diabos, eles já redefiniram "seres humanos" ou "pessoas" de maneira que possam assassinar os menores seres assim que quiserem. Por que sentiriam alguma culpa sendo desonestos se não sentem nenhuma culpa cometendo assassinatos?
Eu penso que você encontrará que há uma esmagadoramente forte conexão entre essas três agendas: casamento gay, feminismo e aborto. E o que todas elas têm em comum é a atitude perante a linguagem: é o que o filme de propaganda mais poderoso e insidioso do mundo chamou de "o triunfo da vontade". No Canadá já é crime, punido com multa ou mesmo prisão, falar publicamente contra a homossexualidade. Ideias politicamente incorretas, como a moralidade Bíblica, são agora definidos como "discurso de ódio".
Uma das coisas que eu temo disso é um feio retrocesso contra os homossexuais. Se a verdade agora é o que queremos, de forma que não há o que possa impedir a sociedade de hoje de redefinir o casamento, então nada poderá impedi-la, no futuro, de redefinir a dignidade pessoal e os direitos para torná-los contra os homossexuais. Os nazistas fizeram exatamente isso. A Igreja é a melhor amiga dos homossexuais, pois diz a eles que são feitos à imagem de Deus e têm uma dignidade e direitos intrínsecos, sendo chamados a ser santos, e porque é a única força social restante que insiste em uma moral absoluta - então quando eles pecam contra si mesmos ela diz NÃO, da mesma maneira que faz com os heterossexuais que pecam contra si mesmos sexualmente, mas quando outros pecam contra eles ela também diz NÃO. Ninguém mais quer dizer NÃO. Ela fala para todos, inclusive homossexuais."